Clima seco: o que fazer para cuidar da saúde dos bebês?

Períodos de seca e estiagem são comuns no Brasil. Nessa fase do ano, as doenças alérgicas e respiratórias se tornam mais frequentes. Os sintomas do clima seco podem variar em coceira no nariz, espirros, sangramentos nasais, tosse, boca e pele seca, coceira e o aumento da sede.

Se a criança possui quadro de rinite ou asma, na baixa umidade do ar é possível perceber uma piora, por isso, é necessário adotar alguns hábitos na rotina para evitar que isso aconteça.

Quer saber o que fazer para prevenir doenças respiratórias nos pequenos? Confira dicas práticas!

Hidratar o bebê

A principal medida que os pais devem adotar quando o clima está seco, é aumentar a ingestão de líquidos dos seus filhos, principalmente de água. Bebês em fase de amamentação exigem uma maior quantidade de mamadas, seja do leite materno ou de fórmulas lácteas.

Segundo a nutricionista do Empório da Papinha, Nathália Prado, para manter o bebê hidratado, deve-se oferecer água entre o intervalo das refeições, porém, essa regra só vale para crianças com mais de seis meses.

Os bebês menores, que ainda não completaram seis meses, devem ingerir exclusivamente o leite materno: “a mama já contém a quantidade necessária de água que o bebê precisa nessa faixa etária”, reforça Nathália.

A nutricionista alerta que, independentemente do clima, a ingestão de água deve estar presente na rotina do bebê: “vale lembrar que sucos naturais e frutas também ajudam a mantê-lo hidratado, já que esses alimentos possuem sais minerais, mas isso não dispensa o consumo da água pura”, salienta.

Mães que estão amamentando devem redobrar a ingestão de líquidos e alimentos ricos em hidratação, como grãos, frutas, verduras e legumes. A nutricionista recomenda em média 3,1 litros de água por dia, incluindo a alimentação. Essa quantidade equivale a 13 copos de água diários.

Limpar o nariz com soro fisiológico

A baixa umidade contribui para que as mucosas nasais ressequem e, consequentemente, o nariz passa ter mais dificuldade para filtrar partículas poluentes presentes no ar.

A lavagem nasal e ocular em períodos de estiagem podem ajudar. Para o médico e coordenador pediatra do HSANP, Flauber Santos Filho, não é necessário esperar o nariz ficar irritado: “ter o hábito de lavar o nariz do bebê mesmo quando não apresenta secreção ajuda prevenir os sintomas”.

A inalação com soro fisiológico é importante para aliviar a sensação de tosse e boca seca. A higienização do nariz pode ser feita duas vezes ao dia, quando o bebê acorda e na hora do banho.

Umidificar o ambiente

Para o pediatra, umidificar o ambiente é essencial, e utilizar os truques dos nossos avós pode prevenir doenças respiratórias: “colocar baldes de água ou toalhas molhadas no quarto, principalmente para aqueles que usam ar condicionado, melhoram a qualidade do ar”, salienta.

Se os pais utilizam umidificadores de ar no quarto do bebê, é importante manter a limpeza regular do aparelho e usá-lo com moderação, pois ambientes úmidos demais são propícios para a proliferação de fungos, que podem causar outras doenças.

Evitar passeios em horários críticos

O pediatra recomenda não passear com os pequenos em horários críticos, em que a umidade do ar está ainda mais baixa (entre 10h e 16h). Se não for possível contornar a situação, saia de casa com uma garrafinha de água e o soro fisiológico para a limpeza do nariz.

Passar hidratante adequado

Flauber reforça a importância de cuidar da pele do bebê. Cremes hidratantes específicos ajudam hidratar — o momento ideal para aplicar o produto é após o banho, no entanto, isso não é uma regra.

A baixa umidade do ar é muito comum em países tropicais e, nessas condições climáticas, podem aparecer diversas doenças alérgicas e respiratórias. As crianças não estão imunes ao clima seco e o que fazer para reduzir os sintomas se resume em mudanças de hábitos.

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