Os pais são os grandes responsáveis por apresentar o mundo aos seus filhos, uma tarefa…
Etapas do desenvolvimento infantil e seus principais marcos

Uma das grandes satisfações do mundo materno é acompanhar o crescimento dos filhos e as suas inúmeras descobertas diárias.
E esse processo com certeza fica ainda mais divertido quando a mamãe entende a fundo o que acontece em cada etapa do desenvolvimento infantil, não é mesmo?
Pensando nisso, a Kids Brasil detalhou os principais marcos para te explicar como ocorrem os avanços da infância.
Antes de mais nada, você deve ter em mente que as crianças passam por 4 tipos de desenvolvimento simultaneamente, sendo eles: físico, cognitivo, social e emocional.
Isso dificulta que identifiquemos cada processo com clareza, já que são muitas habilidades surgindo ao mesmo tempo, mas, compreender esse turbilhão de aprendizados melhora a relação entre mãe e filho e torna o modo de educar o pequeno muito mais fácil.
Se você deseja conhecer e entender as fases que o seu filhote viverá, ou já está vivendo, na infância, continue a leitura.
A seguir tiraremos todas as suas dúvidas neste guia completo e prático sobre o desenvolvimento infantil. Pronta para começar?
Os 4 tipos de desenvolvimento infantil
Primeiramente, é importante ressaltar que cada criança tem as suas particularidades e pode apresentar diferentes habilidades de acordo com a faixa etária.
Isso varia de ser humano para ser humano por conta de influências externas ou de aspectos biológicos e hereditários.

Cada etapa do desenvolvimento infantil tem sua particularidade.
Portanto, sem desesperos! Pequenas variações podem ocorrer sem representar anormalidades no crescimento do seu filho, mas, nunca deixe de fazer o acompanhamento com um pediatra.
Entretanto, até os 5 anos de idade existem uma série de mudanças padrões no comportamento dos pequenos e que costumam surpreender as mamães diariamente.
E é sobre essas evoluções que ocorrem nos 4 tipos de desenvolvimento infantil que vamos falar agora.
1. Desenvolvimento físico
A cada semana o seu bebê cresce e descobre novas funções do corpo. Isso pode ser notado desde os primeiros meses de vida, quando o neném começa brincar com os pézinhos e se virar dentro do berço.
Porém, vale explicar que as maiores mudanças ocorrem quando o pequeno começa a ter equilíbrio com o próprio peso.
Dividindo o desenvolvimento físico infantil por idade, é possível reconhecer alguns traços:
- Até os seis meses de idade: aqui os músculos da criança estão se fortalecendo, os sentidos começam a ser ativados com mais facilidade e o controle sobre a cabeça, a coluna e os membros vão sendo adquiridos;
- Oito meses: nesse momento é comum que o bebê já comece a engatinhar e tente ficar em pé sozinho;
- Um ano: muitos começam a dar os seus primeiros passos ao completar 12 meses.
Mas para que tudo isso ocorra, o desenvolvimento cognitivo também precisa estar progredindo. Especialmente as funções motoras — como desenhar e comer com as próprias mãos — requer o esforço físico e mental trabalhando em conjunto.
Por isso, o desenvolvimento infantil precisa acontecer simultaneamente em todas as frentes.
2. Desenvolvimento cognitivo
Como falamos anteriormente, comer, desenhar e escrever são algumas funções físicas que exigem também o lado cognitivo.
Porém, o que acontece no cérebro do bebê vai muito além dessas tarefas básicas.
O raciocínio, a memória e a linguagem são habilidades que a criança vai ampliar com mais afinco por toda a infância.
Nos primeiros seis meses, o desenvolvimento cognitivo infantil acompanha a evolução dos sentidos da audição e da visão. Nessa fase, o neném fica familiarizado com os ambientes e começa a tentar imitar os sons que escuta — mesmo que não obtenha sucesso.
Depois disso, até o primeiro ano, a criança possivelmente estará dizendo as suas primeiras palavras e também compreendendo o funcionamento de brinquedos e ações, como “tchau” e “beijo”.
Tudo o que acontece na infância é decisivo para a continuidade do seu progresso como pessoa — mesmo que as recordações só sejam concretas a partir dos 3 anos.
Entenda que nessa etapa da vida o cérebro processa todos os fatos e os assimila como algo bom ou ruim, desenvolvendo assim os primeiros medos e traumas, além de alguns dos principais sentimentos, como veremos abaixo.
3. Desenvolvimento emocional

Desde o nascimento, o desenvolvimento infantil começa a trabalhar nas emoções e ligações afetivas do bebê pelas pessoas que o cercam.
E de acordo com o avanço de suas funções cognitivas e físicas, a criança começa a aprender meios de demonstrar o que sente de forma proposital — ou seja, além das lágrimas e do riso que podem acontecer por instinto ou reflexo.
Nestas expressões, o pequeno conhece mecanismos para manifestar alegria, tristeza e sono, por exemplo.
Antes dos seis meses, o bebê encontra no choro sua única forma de “dialogar” quando quer pedir algo. Nessa idade, as expressões corporais também são suas aliadas, como usar os braços e “chamar” com as mãozinhas.
Já sobre a parte sentimental, até o primeiro ano de idade a referência de afeto está mais ligada à mãe. Depois disso, a partir dos dois anos a criança já consegue absorver, entender e valorizar as emoções vivenciadas em família.
O relacionamento com os pais e cuidadores durante o desenvolvimento infantil é mais importante do que imaginamos, pois ele impacta em todo o amadurecimento emocional que a pessoa terá ao longo da vida.
Ou seja, o equilíbrio com os laços afetivos quando ainda pequeno é o que influencia em como o adulto lida com os seus sentimentos e qual intensidade coloca em cada um deles, tanto no amor quanto na raiva.
4. Desenvolvimento social
O desenvolvimento infantil só evolui socialmente se estiver em harmonia com todos os outros três já citados acima. Isso porque a linguagem, a expressão de sentimentos e o raciocínio são indispensáveis durante qualquer convívio e interação, certo?
Porém, ainda assim, desde o nascimento o bebê vive o desenvolvimento social.
Nos primeiros meses o recém-nascido aprende a distinguir as pessoas e reconhecer aquelas — além dos pais — com quem tenha um relacionamento mais próximo.
Depois dos 180 dias de vida, o bebê começa a buscar interação com outras crianças e usa suas expressões corporais para conseguir isso. Já com um ano, é possível identificar a preferência do pequeno por determinadas companhias, brincadeiras e atividades.
Durante essas transformações, o pequeno aprende a imitar as pessoas que o cercam, especialmente aquelas de quem ele mais gosta. Essa etapa é fundamental para a educação da criança, no sentido de explicá-la como funcionam os laços sociais e como se comportar em determinadas ocasiões, por exemplo.

Os acontecimentos destacados em cada fase do desenvolvimento infantil podem ser notados no simples convívio com seu filho.
Há muito embasamento teórico a respeito do assunto, o que facilita a função dos pais de assimilar as novas descobertas e entender como lidar com todas elas da melhor forma.
E para te aprofundar ainda mais no tema, abaixo — de forma simples e gostosa de ler — veremos alguns dos principais teóricos sobre o desenvolvimento infantil.
O que dizem os teóricos sobre o desenvolvimento infantil
Compreender o desenvolvimento da criança foi uma das tarefas mais importantes do século XIX, afinal, muitos dos avanços da medicina e da psicologia que temos acesso hoje estão diretamente ligados à compreensão do corpo humano durante a infância.
E tudo isso aconteceu graças a dois psicólogos que dedicaram suas carreiras para pesquisar e fundamentar as teorias do desenvolvimento infantil, são eles: Jean Piaget e Lev Vygotsky.
Piaget e Vygotsky trabalharam separadamente, mas ambos elaboraram conteúdos complementares que atualmente ainda são muito utilizados, especialmente na pedagogia e na orientação familiar de como proceder com os diferentes desafios de educar um novo ser e inseri-lo na sociedade.
Quer conhecer os principais conceitos defendidos por esses dois teóricos? Então, veja a seguir:
Fases do desenvolvimento segundo Piaget
Jean Piaget usou o fator cognitivo para embasar o desenvolvimento infantil, uma vez que todos os quatro tipos citados acima estão ligados e é a cognição quem faz o funcionamento completo dos outros três.
Desse modo, Piaget concluiu que o desenvolvimento cognitivo passa também por quatro fases, que são as responsáveis pelo progresso da criança até a pré-adolescência. São elas:
- Sensório-motor: de 0 até 2 anos;
- Pré operatório: de 2 a 7 anos;
- Operatório concreto: 7 a 12 anos;
- Operatório formal: de 12 anos em diante.
Os estágios iniciais são os que proporcionam o aprendizado das tarefas e habilidades mais usadas no dia a dia — como andar e falar —, já os dois últimos estão muito ligados a formação do pensamento e da personalidade.
Explicando de forma clara, o que Piaget defende é a ideia de que nos primeiros 7 anos de vida a criança desenvolve o seu corpo individual com base naquilo que somos biologicamente programados para aprender desde o nascimento.
Depois disso, tudo o que ocorre está direcionado para o entendimento do indivíduo sobre o mundo.
Zonas de desenvolvimento segundo Vygotsky
Para Vygotsky, a teoria de aprendizagem é trabalhada seguindo outros pontos de vista do desenvolvimento infantil.
Segundo o psicólogo, o fator social também é responsável pelo funcionamento das demais áreas, uma vez que sem interações externas a criança agiria apenas por instinto, sem aprender a linguagem e o raciocínio para a resolução de problemas.
Sendo assim, a evolução estaria dividida em três zonas de desenvolvimento fomentadas pela socialização, sendo elas:
- Zona de desenvolvimento real: abrange a independência e a capacidade de descobertas;
- Zona de desenvolvimento potencial: considera a habilidade de aprender as tarefas básicas com auxílio de outra pessoa;
- Zona de desenvolvimento proximal: é responsável por amadurecer os conhecimentos adquiridos.
Em outras palavras, para o pesquisador toda possibilidade de aprendizado durante o desenvolvimento infantil está associada às interações humanas, que guiam e orientam os processos vividos nos primeiros anos de vida.
Dessa maneira, a evolução cognitiva da criança não está limitada somente a fatores biológicos e pode continuar mesmo na fase adulta, graças às transformações sociais e culturais.
Agora, considerando as teorias de Piaget e Vygotsky, você pode compreender a real importância dos pais no acompanhamento do desenvolvimento da criança.
Os marcos visíveis de cada uma das fases é apenas uma representação externa do que acontece com o corpo e com a mente da criança, e, estando atenta a esses detalhes, é possível criar um relacionamento mais saudável e afetuoso com o seu filho, além de fornecer uma educação realmente eficaz.
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